Querido Santiago,
Viste hoje, pela primeira vez, este mundo que te recebeu de braços abertos. Sem pedires nada a ninguém, chegaste a uma família que há muito aguardava conhecer-te… as pessoas que agora te rodeiam são aquelas que farão sempre parte da tua vida, aquelas que te amarão incondicionalmente e te aceitarão tal qual como és. Hoje, dia 18 de Outubro, um mês depois do aniversário da tua mamã, dia de São Lucas, Dia dos Médicos, dia em que certamente muitas efemérides se assinalam mas que hoje deixam de ter importância porque nasceste TU… dia em que nós, aquelas que virão a ser duas das tuas tias preferidas, te dedicam o primeiro de muitos posts! Sê bem-vindo a este mundo estranho, esquisito, muitas vezes, injusto e perigoso, mas que ainda é, acreditamos nós, movido pelo AMOR!
Tia Pal
Pequenino
Com certeza estás já aninhado no regaço da mamã Nádia. O teu papá sorri-te embevecido e o teu mano – chama-se Gui e é fantástico! – mal pode esperar para dizer a todos que já chegaste e és lindo! Vou-te dizer um segredo, o Gui vai ser um super-irmão-mais-velho, sem poderes mágicos como os super-heróis mais tradicionais, mas com tantas coisas para te ensinar...! Uma coisa é certa, nunca te vais sentir sozinho. Nasceste no seio de uma família extremosa que tem como missão fazer-te muito feliz em todas as etapas da tua vida. E, olha, vão ser muitas, cada uma mais interessante que a outra, com mais exigências e situações que te colocarão à prova, mas com uma família como a tua na rectaguarda, não há nada que te derrube... Santiago – e o teu nome já se entranhou! –, quero dar-te as boas vindas e escrever-te que a tua Companhia vai enriquecer muito as nossas vidas, para não falar nas nossas Curvas... Adivinha-se muita animação! Um grande sorriso para ti e uma beijinho muito suave na testa... da parte da Laura...
Tia Sandra
Nota prévia: as estimanas só se metem com quem gostam... Josélito do nosso coração, perdoa-nos mais esta! Por favor!!!
Este rapaz ficou-nos no “goto” (como se diz para os nossos lados)...
Já todos conhecem o talento e as qualidades deste Ser. Há dias, com uma câmara oculta e bem ao jeito de George Orwell, seguimos os seus passos...e ficamos deveras surpreendidas com o que pudemos ver.
Part I – Espião ao serviço do SIS ou English man in Lisbon
Constatamos que subliminarmente o sujeito se cola e se imiscui num grupo de ingleses. Observa e escuta à espera de detectar o primeiro deslize... certamente não será para comunicar ao David Cameron (actual PM de Inglaterra) ...contudo é suspeito... muito suspeito... terá algo a ver com as politicas nacionais? Com a avaliação do comité de boas vindas que acompanha este grupo?
Part II - Velho do Restelo, Adamastor ou Proeza Macho-Masculina
Continuamos na senda, procuramos resposta às nossas dúvidas e eis senão quando ...o rapaz encara o Tejo. De frente.
Estará a pensar na queda do nosso Império, nas dificuldades que os próximos tempos nos irão trazer ou simplesmente contribui com um jacto certeiro para as águas do nosso Rio desta feita sem mãos?
Confessamos que se tratou de Voyeurismo muito ligeiro, contudo preocupamo-nos com a dimensão que possa assumir. Não estando preparadas para mais surpresas, prometemos pousar a câmara por uns tempos, o tempo suficiente para os nossos alvos preferidos se esquecerem deste post…
Mas que dias magníficos estes! Não fosse o facto de uma das aulas de hoje ter corrido tremendamente mal e ainda estaria por aqui com um sorriso de orelha a orelha!!! Mas vamos ao que interessa, ou seja, as novidades colturais (tal como prometido!)…
Na quinta-feira passada assistimos, bem juntinhas e emocionadas, ao “Eléctrico chamado Desejo” no belíssimo Teatro Nacional D. Maria II. Sou suspeita porque adoro a intensidade e a carga emotiva daquele texto. Vibro com as palavras que são ditas e com as que ficam por dizer, compreendo a Blanche Dubois e a sua busca pela juventude perdida, choco-me com a natureza rude do Stanley (no fundo, a essência humana) e delicio-me com as célebres frases:
Eu não quero realismo, eu quero magia!
Ou
Sempre dependi da bondade de estranhos.
Por tudo isto, foi, de facto, uma surpresa ver a entrega dos nossos actores que não nos desiludem, antes pelo contrário. Estava lá tudo!
Ainda o meu coração não se tinha refeito da emoção e, quando dei por mim, já era Sábado e ia a caminho de Coimbra. Perdi-os em 2005, infelizmente, e como se compreende, as expectativas eram muito elevadas… Estou toda partida (ainda), foram muitas horas de pé, com pulos pelo meio, muitas cantorias e gritos (sim, tipicamente à adolescente, eu sei!), mas que poderia fazer? Depois dos Interpol, ouvir os U2, que mais se pode desejar? Foi tudo perfeito: o repertório escolhido, as intervenções políticas, a simpatia em palco, o talento, a parafernália de luz e som, a energia, os símbolos… fantástico… se pudesse destacar um só momento, seleccionaria o Still haven’t found what I’m looking for, tema interpretado logo depois de o Bono dizer que sempre se viu como um caixeiro-viajante que vende canções e ideias aos melhores amigos… só alguém que ainda não encontrou o que procura é que pode continuar a criar para os outros.
Em suma, foi “brutal”. Abraçámo-nos muito (autêntica foleirada com o Zm no meio!), emocionámo-nos e, apesar de termos decidido fechar a loja no que diz respeito a concertos no relvado, sei que o repetiríamos se houvesse a oportunidade, não era? Faltou a estimana Nádia que, por motivos óbvios, não pôde estar connosco… faltou esse pedacinho para que o coração estivesse completo nessa noite!
Pal
Ó p´ra nós tão giros!
Ó p´ra eles tão talentosos!
Foram, de facto, dias marcados por grandes emoções. Primeiro o teatro... A proximidade do palco - 2º fila da frente! - fez-me viver de forma muito intensa o texto e as interpretações fantásticas dos nossos actores. Confesso que fui de coração aberto, desconhecendo o texto e apenas conhecendo um ou outro pormenor da sinopse - preferi não investigar muito, queria surpreender-me... Foi, de facto, o que aconteceu. Entre nós na garganta provocados pela densidade dramática do texto e a representação arrebatadora dos actores a saltos na cadeira devido a algumas cenas inesperadas de violência física, senti tanta coisa... Sai de lá rendida e a aplaudir de pé.
Sábado... Bem, sábado assisti, provavelmente, ao concerto da minha vida. Antes disso, um agradecimento especial à família Ferreira pelo belo almoço com que nos brindou nessa bela localidade que dá pelo nome de Paião - Figueira da Foz. Contribuiram, sem dúvida, para que este dia fosse ainda mais especial. Voltando ao tema central, aqui já tive oportunidade de me referir a este momento memorável que foi o concerto dos U2. Acompanham-me desde que me lembro de ter descoberto uma coisa maravilhosa chamada música e é legítimo dizer que cresci com eles. 34 anos, meus senhores, há 34 anos que este quarteto nos maravilha com aquilo que de bom sabe fazer... De resto, tanta emoção à flor da pele... Basicamente senti tudo - a adrenalina que nos faz gritar a plenos pulmões, a emoção e o nó na garganta que nos faz parar para pensar um pouco, a explosão que não nos consegue deixar parados, o sorriso pateta que teima em não sair do rosto, enfim... acho que nada ficou por sentir. Memorável. Como já foi referido, só lá faltaste tu, Nádia, para tornar esta noite completamente perfeita. Fiquem com um cheirinho do que ouvimos e com uma breve reportagem de exterior protagonizada pela nossa repórter de serviço...
(video removido)
. PARABÉNS! PARABÉNS! Muito...